• Deadpool massacra

    por Lucas Cascelli Acesse

  • Johnny Vai à Guerra

    por Lucas Cascelli Acesse

  • A Estrela

    por Arthur C. Clarke Acesse

A Mosca (David Cronenberg, 1986)



“ - What am I working on? I’m working on something that will change the world."


Você é promissor, sua família lhe ama, sua namorada(o) gosta mesmo de você e até seu cachorro lhe adora. Você é um fracasso, uma tragédia existencial que arrastou todos aqueles que lhe amavam à um vórtice autodestrutivo de desgraça e paranóia, até seu cachorro.

O que filme do Cronenberg une estes dois estados, o apogeu e a decadência. E o diretor canadense faz isso de forma magistral, presenteando o público com belas(?) imagens da metamorfose de um homem, num homem-mosca. Imagens que certamente ficarão impressas na memória não só dos entusiastas desse filme, como na dos que compreensivelmente desenvolveram uma ojeriza à Mosca. Isso graças ao trabalho fantástico desenvolvido pela equipe de maquiagem e direção artística do filme, que nos agracia com fluidos corporais, macacos babuínos virados ao avesso, bebês-larva(!) e afins.

Têm-se, então, um espetáculo anunciado para os apreciadores dos Filmes B.
Contudo, é como dizem por aí: “Nem só de Gore viverá o homem”. Você, seu doente, pode discordar disso, ok... tudo bem. É, tudo bem mesmo, sério.

“ - I think it turned the baboon inside out.”
Temos, então, um cientista, uma jornalista e o editor de uma revista científica, o triângulo amoroso sobre o qual o filme está apoiado. O cientista está desenvolvendo a tecnologia do teletransporte, a jornalista quer tirar disso uma boa matéria, e o editor... a jornalista dera um pé na bunda dele. Vejam, meus caros, isso é o plot de um drama romântico. Não seria esse o gênero ao qual este filme pertence? Não seriam a ficção científica e o horror, gêneros em que o Cronenberg se refugia, para trazer à tona sua sensibilidade enquanto alguém atento às angústias que permeiam as relações pessoais? Reflita.

Através de um roteiro gregamente trágico, o mestre opta por não desenvolver isoladamente os vértices desse triângulo, mas é no desenvolvimento do relacionamento em si que se vê incrustado o desenvolvimento do próprio cientista, que é no que o filme consiste no fim das contas. Mas o que representa a mosca que entra no telepod? Antes de tentarmos responder a essa pergunta, questionemo-nos sobre o que é o cientista.

Arrisco responder que o cientista é o indivíduo promissor, talvez aquele moço da primeira oração do texto, o que diz estar trabalhando em algo que vai mudar o mundo. Ele é o homem que acredita no próprio potencial, conhece-o, além do mais. Ele sabe que pode ir mais longe, que pode saber mais, oferecer mais, ser melhor. Apesar de que já está tudo muito bem ajeitado em sua vida, desde que ele obteve êxito em teletransportar objetos. Ou seja, ele poderia patentear esse negócio, se tornando o cara que tornou possível o que só pertencia aos universos da literatura, cinema e HQs. Havia também alguém que se importava com ele, trata-se de um belo romance com a Geena Davis. Mas, como já foi sugerido, conto sobre um homem com certa ambição aqui.

“- Bzzzz.”
Acontece que a Geena Davis ainda trabalha lá para o ex-namorado dela e etc, enfim... tem que ficar o tempo todo lá e cá. Dá um pulo no laboratório, outro no escritório do editor. Esse vai lá, vem cá, deixa nosso amigo Jeff Goldblum cientista, meio encucado. Mas nós sabemos, senhores, que não está rolando nenhum tipo de relação entre a jornalista e seu ex-namorado/editor-chefe, que não seja puramente profissional.

Aí que entra a mosca, e ela entra num momento em que o cientista está desatento, embriagado. Ela chega como chegam os ciúmes, despercebidamente. Mas está tudo sobre controle, é só uma mosca, é só um pouco de rancor, é só um pouco de ciúmes, é só um tapa, é só uma transa, é só uma mentira, e está tudo sobre controle. ;)

“ - I’m not Seth Brundle anymore.”
Agora é com vocês, amiguinhos. O que acontece quando a gente busca uma coisa, mas a busca da maneira errada? Querendo queimar etapas, querendo tudo de uma só vez. O que acontece quando alimentamos, mesmo sem ter noção disso, a ansiedade, ou o rancor, ou a noção de que podemos fazer tudo, de que não há limites? Há limites. E chega um momento em que o cientista se dá conta disso. Olha para si mesmo, vê o quanto está influenciando negativamente as pessoas ao seu redor e o quanto está machucando quem mais se importa com ele. A dor de sua companheira, é a mesma dor que sente alguém que te ama, quando você começa a fazer besteira com sua própria vida. Seria isso o que vemos em tela?

“ - I’m an insect who dreamt he was a man, and he loved it. But now the dream is over, and the insect is awake.”


Sobre as perguntas que foram surgindo ao longo do texto, não cabe ao filme respondê-las, mas suscitá-las. Aliás, o mestre não pretende esclarecer coisa alguma através de sua obra. O que ele realiza aqui, e o realiza com destreza, é denunciar este imbróglio psicológico. Parece um filme, mas é um aviso. Parece feio, mas é um conselho. É chamar à atenção para que não nos tornemos monstros, para que nos preservemos, e nos preservando, protejamos àqueles que se importam conosco. Pode parecer bobagem, mas não é.

“Tentamos ser mais do que somos por natureza, e matamos qualquer coisa em nós, e nos tornamos muito menos do que éramos.”

Contraponto - Aldous Huxley

Sinopse
O ator Jeff Goldblum interpreta um cientista que acidentalmente se funde a uma mosca doméstica ao conduzir uma experiência de teletransporte. Uma jornalista (Geena Davis), que se apaixonou por ele ao fazer uma reportagem sobre suas descobertas científicas, acaba se envolvendo com uma horrenda criatura cuja aparência de inseto gradualmente passa a ser predominante.


Batman: herói voltará às telonas após filme da Liga da Justiça




Se você ainda não assistiu Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, então turn around and walk away. Mas se você se emocionou com o último filme da trilogia, chegou à conclusão de que os anos de 2005, 2008 e 2012 foram de pura awesomeness, e agora se pergunta "o que vem por aí?"...então temos notícias!

Segundo o site Batman On Film, DC Comics e Warner Bros planejam trazer a série do Morcegoman de volta aos cinemas, mas não antes do filme da Liga da Justiça, que está em estágio inicial de produção. Dessa forma, a nova versão cinematográfica do herói será apresentada no filme da LJ (provavelmente em 2015), e depois continuaria em sua saga solo. Como isso se manifestará?

Obviamente, o novo filme do Batman não trabalhará a origem do herói, distanciando-se do que vimos em Batman Begins. E, sinceramente, qual seria o motivo para trabalhar a construção do personagem, sendo que o mesmo já teria sido apresentado? Além do mais, outra origem do personagem poderia gerar insatisfação por parte dos fãs. Acho que nós já somos espertos o suficiente para entender que o Batman é o Batman e ponto final. O que nos interessa é o símbolo, a lenda e o que ela representa.

Agora, depois de ver o trabalho impecável que Christopher Nolan realizou no cinema, uma dúvida paira no ar: como o novo diretor abordará o herói?



O sucesso de proporções épicas da trilogia mais recente deve amedrontar futuros diretores. Seria seguro se aventurar em um universo que não seja o realismo de Nolan? Sendo seguro ou não, é o que deve ser feito. Christopher Nolan não fez os filmes do jeito que fez querendo mostrar ao mundo como se faz um filme de super-herói (apesar de esse ter sido o efeito!). Mas mostrou uma abordagem inovadora para tal universo. Espero que os próximos diretores não tentem imitar o que foi criado pelo londrino, assim como ele não copiou Tim Burtom ou Joel Schumacher.

Devaneios (ou não) a parte, é fato que Batman continuará nas telonas. How awesome is that? Os fãs sempre terão a oportunidade de ver como o herói pode ser apresentado: diferentes perspectivas, arcos variados, diversão garantida!

E a gente vai escrevendo, especulando e discutindo. Afinal de contas, o que nos resta?

Fonte: Slashfilm, Batman On Film

Cheers

O Hobbit: Uma jornada inesperada. O filme mais esperado!



Dezembro. 14 de Dezembro de 2012. Data na qual a humanidade estará de volta à Terra Média. E nada mais confortante do que saber que o universo que Tolkien criou, voltará às telonas com a mesma maestria e awesomeness daquele primeiro filme, lançado em 2001. E você, meu caro, faça o favor de estar lá!

Lembro como se fosse hoje de uma entrevista concedida por Guilhermo del Toro (2 ou 3 anos atrás), na qual ele afirmava estar esperando o sinal verde da MGM para começar as filmagens. Quando soube que O Hobbit estaria nas mãos de Peter Jackson e Del Toro, tinha acabado de assistir o espetacular O Labirinto do Fauno. E só pensei em uma coisa: "algo épico está por vir!"

Como não esperar algo de alto nível? De um lado, aquele que, literalmente, consagrou a Terra Média no cinema; e do mesmo lado, um diretor que sabe levar a fantasia a um nível ainda peculiar! Aí... Aí veio a notícia...

Guilhermino estava fora da produção. Raiva! Insegurança! Foi o que senti naquele dia. Isso porque tinha virado fã do diretor, e não conseguia conceber a idéia de que O Hobbit seria produzido sem ele. Mas resolvi dar "meu voto de confiança" a Peter J. (eu sei, eu deveria ser apedrejado por não ter feito isso desde o início). E vi que, ingênuamente, esqueci que Peter Jackson era Peter Jackson...

Saíram informações sobre o elenco, rumores sobre quem possivelmente estaria de volta (Passolargo? Légolas?), e as primeiras imagens. Que imagens!


Aqueles que leram a obra, sabem como isso era positivamente perturbador. E o diretor ainda nos fez o favor de dedicar uma boa parte de seu tempo gravando vídeos nos bastidores, dando detalhes e aperitivos do que estava por vir.

Aí... Aí veio o trailer...



Perfeição! Não há nada que descreva esse trailer com tanta precisão. Galadriel, Gandalf, os anões, e a música. Quando Thorin Oakenshield deu o tom, e os outros anões fizeram o mesmo, lágrimas desceram. E acredito que muitos concordam que nenhum outro trailer é necessário. Esse trailer já mostrou tudo o que deveria mostrar, na minha opinião.

Não havia dúvidas de que O Hobbit seria uma grande produção, fazendo jus ao legado que Peter Jackson estabelecera com a trilogia O Senhor dos Anéis.

Aí... Aí veio aquela exibição em 48 quadros por segundo.


Bem, acho que todos lembram da fala do Arquiteto no diálogo final de Matrix: Reloaded:

- A mente humana não está preparada para aceitar a perfeição.

O que Peter Jackson mostrou estava tão além de nossa realidade que assustou os críticos de plantão. A frase "onde está o cinema nisso aí?" foi dita várias vezes. Pelo visto, era algo praticamente inconcebível... Pobres mortais! Pois espero ter a oportunidade de ver essa obra de arte em alta qualidade (se você não se acha capaz de conceber tal qualidade diante de seus olhos, limpe o cabeçote do seu VHS e boa sorte!).

Agora com a notícia de que teremos novamente uma trilogia, sei que ansiedade não vai faltar nos próximos 2 anos e meio. O Hobbit fechará o ano de 2012 com chave de ouro, fazendo barba, cabelo e bigode. Para um ano que no qual tivemos Os Vingadores, O Espetacular Homem-Aranha e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge ("Why so epic??)...bem...acho que os filmes falam por sí.

Enquanto 14 de Dezembro não chega, o que nos resta é acompanhar Thorin:

"Far over, the misty mountains cold..."

Compre aqui

Cheers

Trailer Final de The Master



Meu deus, devo checar meu relógio! Caramba, já é praticamente setembro. O ano começa a entrar em sua reta final. Hulk já esmagou, Homem-Aranha já pulou e Batman já...não posso dizer. Ainda é spoiler! Mas como eu ia dizendo, 2012 já está em sua reta de chegada e se antes fomos bombardeados por blockbusters alucinados agora é a vez de (supostamente) entrarmos na fase cabeça do ano. Sim, estamos chegando na época das premiações.

Os filmes oscarizaveis que estavam escondidos começam a mostrar sua presença. Uma imagenzinha aqui, outra acolá e eles daqui a pouco serão tudo que ouviremos falar. Entre os filmes desse naipe, o que já está com o marketing mais avançado (e com a data de estreia mais próxima) é The Master, novo filme de Paul Thomas Anderson (não, felizmente não é o diretor da série Resident Evil...e sim, infelizmente para ele, ele não tá pegando a Mila Jovovich). Eu poderia deixar o cinismo rolar solto por mais algumas linhas mas, o centro desta postagem é o trailer descrito no título então...veja-o abaixo:



O longa conta a história da fundação de A Causa, uma organização religiosa criada por Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman) nos anos 1950, depois que ele testemunha o horror na Segunda Guerra Mundial. A trama enfoca principalmente Freddie Sutton (Joaquin Phoenix), ex-alcoólatra que se torna aprendiz de Lancaster Dodd, mas começa a questioná-lo quando o culto ganha proporções de fervor cego. O filme já surgiu com polêmica envolvida pois muitos veem a sua história como uma alegoria a Cientologia. O fato do filme ter sido previamente exibido a Tom Cruise, o porta-voz levemente psicótico da Cientologia, também não serviu para desanuviar essa história.

Elenco excelente, diretor consagrado, cinematografia épica. Ingredientes clássicos para se ganhar um Oscar. E para por a cereja no bolo, ainda parece ser bom! Está dada a largada.

The Master estreia em terreno yankee em 14 de setembro. Aqui? Bem, uma hora há de chegar...

A Torre Negra: alguém quer ver Roland distribuindo chumbo!





Talvez a espera seja mais curta do que eu imaginava. Aparentemente, a Media Rights Capital deseja levar o projeto à frente e estaria disposta a financiar a produção. E mesmo não conhecendo muito bem a MRC, creio que agora o filme possa acontecer.

Não estou aqui para discutir o budget da produção, e muito menos qualidade do roteiro. Minha revolta era pelo fato de grandes estúdios estarem passando a bola para frente, por não acreditarem no sucesso do projeto. Claro que muito disso é resultado de adaptações medíocres de algumas obras de Stephen King. Mas, pera lá, gente. Será que é preciso mencionar o filme O Iluminado?

E se o problema era falta de coragem para aplicar tanto dinheiro na produção, talvez isso seja resolvido com o envolvimento da MRC. A empresa atualmente tem contrato com David Fincher (um dos diretores mais ambiciosos que já vi!) e está financiando Elysium, segundo filme de Neil Blomkamp. Vejam, Elysium é o segundo filme do cara! O primeiro foi o fantástico Distrito 9.

O que isso quer dizer? A empresa está disposta a apostar em novas produções. E tudo indica que a idéia de termos 3 filmes e uma série para a TV ainda continua em pauta.

Se a produção será épica, se o filme sairá como queremos, é outra história. E, sinceramente, a qualidade do filme em nada alteraria a paixão que tenho pela história. Eu só quero ver Roland de Gilead chutando bundas nas telonas!

Torço pelo sucesso das negociações. Vamos ficar de olho!

Fonte: Slashfilm

Cheers

A Torre Negra: Roland não consegue encorajar nem os maiores estúdios.





Sabe quando o projeto é tão épico que a gente se pergunta "será que daria certo?", e fica com receio de levá-lo a frente? Isso é o que parece estar acontecendo com a adaptação cinematográfica da obra A Torre Negra, de Stephen King.

Já não bastasse a Universal ter passado o projeto a frente para nada mais, nada menos que a Warner, chegou a hora do estúdio de duas letras douradas fazer o mesmo. Acho que a proposta inicial de 3 filmes e uma dupla série de TV espantou os estúdios, que se limitaram a dizer "não temos tanto dinheiro, mas vamos tentar fazer algo mais barato". Certo, e até aceitável. Mas tá virando uma palhaçada, pois depois de fazerem cortes no orçamento, decidem passar o projeto?

Dinheiro todos nós sabemos que não faltou. O que faltou foi coragem, ou melhor, colhões para mexer com uma obra tão épica. Digo isso como fã que já leu a obra, e releu algumas edições, e sonha em ver Roland Deschain distribuindo chumbo epicamente.

O problema é que se nem a Warner teve dinheiro(=coragem) para fazê-lo, será que algum outro estúdio terá? Nem mesmo os rumores de que Russell Crowe poderia estrelar o filme serviram de motivação. O que nos resta (ou me resta) é esperar, e torcer para que algum fã ensandecido seja dono de um estúdio e decida levar o projeto à frente.

Fonte: www.slashfilm.com