"Quando monstros gigantes, conhecidos como Kaiju, decidem invadir a Terra, os seres humanos enviam grandes robôs, chamados de Jaegers, para combatê-los."Eu sei. Você duvida que algo de sucesso está por vir. E é natural, pois por anos temos sido bombardeados com filmes com premissas semelhantes, no melhor(?) estilo Michael Bay: explosões para tudo quanto é lado!
Porém, contudo, todavia, temos 3 ingredientes que farão essa premissa tornar-se um experiência incomum:
1) Guilhermo
2) Del
3) Toro
Eu sei. Você ainda duvida que esse filme será um sucesso. Mas o que você não sabe, meu caro (ou minha cara), é que Del Toro sabe mexer com "essas coisas", sabe mexer com sua imaginação. Ele sabe mexer com aquilo que você, quando criança, imaginava, sonhava, temia... Ele capta tudo isso, transforma em imagem (em movimento), projeta em uma tela grande o bastante para fazer com que você se sinta desamparado, e... Acredite, você terá medo do escuro...
Ainda não foram reveladas imagens da legião dos Kaiju. Mas se você se pergunta "what the hell is a Kaiju?", volte no tempo um pouco, quando o
Cinema em Casa do SBT ainda era legal (acho que faz muito tempo!). Lembra de um filme japonês, com um monstro-dinossauro enorme que chutava
bundas prédios, e enfrentava uma borboleta protetora da humanidade? Aquele era o mais clássico dos Kaijus (esqueça o Godzilla de 1998; esse
aqui era o legal!).
Kaiju é um termo japonês para "animal incomum
que pode te assustar", e o próprio Guilhermo já afirmou que essas criaturas marcaram sua infância. Nada mais louvável do que fazer uma homenagem a tais filmes.
E é claro que não podemos esquecer da outra referência encontrada nesse filme: Howard Phillips Lovecraft! Os contos de terror e fantasia do escritor norte-americano (falecido em 1937) sempre foram de grande relevância para a produção cinematográfica de Del Toro. A criatura marinha
Cthulhu em muito se parece com os
Kaiju, e eu me arrisco a afirmar que para o diretor, fazer referência à Lovecraft era questão de honra.
Em 2011, Guilhermo Del Toro começaria as filmagens de um projeto que, durante 15 anos, ficara na sala de criogenia dos cinemas: a adaptação do livro
Nas Montanhas da Loucura, de H. P. Lovecraft. E parecia que finalmente o projeto seria realizado. Elenco que contava com Tom Cruise e Ron Pearlman; produção que contava com nada mais, nada menos que James Cameron. E... E... E... Não foi à frente. Motivo? Os estúdios alegaram que o filme, além de muito caro, teria uma história muito parecida com o plot de
Prometheus, de Ridley Scott. Além disso, a censura elevada (17 anos) colocaria em risco o sucesso (=rentabilidade) do filme.
Certo. Prometheus foi lançado esse ano, e é realmente um excelente filme (se você não assistiu, shame on you!). Porém, o filme que Del Toro tanto queria produzir has gone into the void. Pena que, mais uma vez, não confiaram no projeto do diretor.
Apesar de ter ficado chateado, abatido, sem vontade de cantar uma bela canção, Guilhermo Del Toro abraçou o projeto de
Pacific Rim, com o qual também estava muito empolgado. A história deu a ele liberdade de criação. Ele vai brincar com sua imaginação, meu caro. E isso vai te perturbar.
É com esse espírito que ele mostra sua capacidade de produzir um filme que, certamente, será de pura awesomeness! Pacific Rim tem estréia marcada para
10 de Maio de 2013. E, como o próprio Del Toro afirmou, "esse filme é um poema aos monstros gigantes." Dá para aguentar até lá?
Agora, analise aqui com a gente: Del toro sabe mexer com os medos das pessoas através da fantasia, e agora vai fazer um filme que aborda criaturas que marcaram sua infância? Bem... Assistir a esse filme sozinho está fora de cogitação...
Fonte:
Slashfilm,
OmeleteCheers