Deadpool Mata o Universo Marvel

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Falar. Falar sem parar. Acredite, se essa fosse a única arma desse anti-herói, todos já estariam condenados à queda. Por quê? Porque sua boca é sua arma mais letal: seus discursos sagazes e nonsense fariam seus inimigos se renderem, ou cometerem suicídio, resultando em um morticínio tremendo. Ele é um mercenário e, além de tudo, tagarela. Pensando bem, ele não é um mercenário. Ele é “o” mercenário. Também conhecido como Merc with a Mouth. Ou simplesmente, Deadpool.

“E se...?”

Esse pensamento é perigoso, pois muitas ideias legais podem sair daí. O complemento dessa frase deu origem à história Deadpool Mata o Universo Marvel, seguindo a mesma linha do Justiceiro. É algo bem comum entre leitores de HQs, principalmente de super-heróis. “E se o Deadpool decidisse matar todos os heróis?” Era esse o seu desejo? Então ele será realizado.

Espera! Ainda não. Não posso ir direto ao ponto. O tagarela mais sensacional dos quadrinhos precisa ter uma apresentação mais decente. (Pensei que ia deixar isso de lado. / Tá maluco? Ele não seria capaz.) Porque antes de Deadpool, havia apenas um cara “normal”, gente boa, chamado Wade Wilson. (Normal? Apelou, hein? / Eu diria que ele era um idiota.) Wilson era um mercenário que só aceitava os trabalhos que ele considerava verdadeiros; matar apenas por dinheiro não era de seu feitio. Suas vítimas eram do tipo que “mereciam” morrer: ditadores, corruptos, quem ria dele, etc. E assim, matando, ele viveu boa parte de sua vida, e até teve uma namorada. (Ah, aquela loira! / E pensar que eles poderiam ter sido felizes não fosse o c...) Mas ao voltar de um trabalho daqueles que sempre terminavam em um banho de sangue, Wade recebe a notícia de que contraíra câncer, sentenciando-o a uma morte dolorosa.

O que fazer? (Tá perguntando a mim? / Ou a mim?) Ao ouvir boatos sobre experimentos científicos que aconteciam no Canadá, Wade decide se apresentar como voluntário, afinal de contas ele já estava sentenciado e nada mais o restava. O projeto era conhecido como Arma X e o procedimento era simples: injetariam em seu corpo uma mistura, e essa mistura teria o fator de cura (retirado do DNA de Wolverine, que tem a mesma capacidade). Conseguiria ele curar-se de seu câncer? (Vai deixar isso no ar? / Deixa, deixa...) O experimento deixou-o com uma aparência horrível, e incapaz de ser melhorada. Ele é feio, meu amigo, muito feio. (Feio é pouco. / É horripilante.) Sua máscara não é apenas um adorno; é uma maneira de evitar desmaios constantes daqueles que têm o azar de encontrá-lo. Porém, nem tudo era terrível: Deadpool adquiriu força incomparável, reflexos melhorados, e o poder de regeneração era tão poderoso que sua cabeça poderia voltar ao normal mesmo depois de ser explodida. Mas tal poder não pôde curar seu câncer. (Eu não entendo essa lógica. / A ciência é assim, cara.) Wade tem de conviver com o câncer, e assim será por toda a eternidade, pois ele é praticamente imortal. Você suportaria tal situação?

Após o experimento, Wade juntou-se a algumas organizações, não permanecendo muito tempo em nenhuma delas, por causa de sua “personalidade forte”. Mas continuou sendo um mercenário, só que agora respondendo pelo nome de Deadpool. É um exímio atirador, e sua habilidade com espadas é incomparável, perdendo apenas para Conan (sim, Conan é o melhor espadachim do universo Marvel). Mas nada se compara ao poder de sua boca (Ei! E a gente? / Acho que ele esquec...) e das vozes dentro de sua cabeça. (Finalmente! / Ai dele se não nos citasse...) Deadpool conversa com essas vozes, seus pensamentos, o tempo todo. Ele ainda tem outras habilidades peculiares, mas sabe o que é mais legal? Ele sabe que é um herói dos quadrinhos, sabe que é apenas um desenho, tudo isso porque ele enxerga as coisas como ninguém mais o faz. Maluco? Talvez. Awesome? Com certeza.

E como ele iniciou seu ataque ao universo Marvel? Bem, sabe aquela frase que diz “não mexa com quem está quieto”? Pois é, meu caro leitor. Mexeram com quem (não) estava quieto. Seria bem mais fácil se o sujeito em questão fosse qualquer outro super-humano. Mas não, tinham de escolher justamente aquele cuja sanidade sempre foi questionada. Aquele que sabe a verdade sobre sua própria existência. E o que Deadpool faz quando a Marvel mexe com ele? Simples: Deadpool Mata o Universo Marvel.

Deve ser muito difícil não ser aceito, concorda? Deadpool é o cara, e ele sabe disso. Muitos o odeiam, o que faz como ele se ame mais ainda. Ele é um mercenário? Sim, e daí? É egoísta? Sim, mas quem não é? Fala em demasia? Sim, mas isso o torna um diplomata. Então, meu amigo, por quê? Por que tiveram a ideia de entrar em sua cabeça, para curá-lo de sua “insanidade”? Seria porque seu subconsciente tem um nível de sagacidade acima do normal, ou porque ele sabia de certas coisas que muitos não acreditavam? Lembra-se de Edgar Allan Poe? (Quem diabo é Poe? / Um cara aí da literatura...) Muitos o consideravam louco, mas sua “loucura” era sua genialidade. O que muitos chamaram de “loucura” era na verdade uma “inteligência peculiar”. Poe morreu, mas seu legado continua. Você acha que a vida de Deadpool seria díspar? Claro que não. A única diferença é que o mercenário é imortal.

Charles Xavier tentou, mas não conseguiu. E se nem o Professor X foi capaz de cuidar da mente desse tagarela, quem seria? Será que interná-lo em um hospício era a atitude mais sensata? Bem que Logan tentou avisar que isso não era o melhor a ser feito. (Logan? / É o Wolverine, seu animal.) Mas Xavier tinha esperanças de que o doutor Brighton, com seus métodos nada ortodoxos, poderia salvar nosso parceiro. E aí... E aí o tratamento começou.

Falar sobre sua infância e olhar para manchas em um pedaço de papel? Você realmente acha que Deadpool seria tratado assim? Não se preocupe, ele também pensou que seria assim. O que ele descobriu, no entanto, era que Dr. Brighton tinha outro propósito. Ao revelar sua identidade secreta, Dr. Brighton também revelou que Deadpool seria o primeiro super-humano de um exército que ele estava prestes a criar. Mas para isso, ele precisava controlá-lo, fazendo algumas alterações em sua psique, abrindo uma antiga “caixinha de controle”

Doeu. Doeu bastante. Mas como em todo ritual de passagem, a dor é sempre necessária, pois “ela acaba com a resistência”. Deadpool resistiu até o limite, e sua mente também. (Para! Para! Para! / Fresco.) Mas não teve jeito. A caixa de controle foi aberta, e com isso, suas vozes deram lugar a algo novo.

O que havia de diferente? Nada de mais. As vozes de antes sumiram, dando lugar a outra consciência mais legal: essa queria ver o tagarela mandando chumbo para todos os lados. (Olá. Eu sou a caixa vermelha.) Por quê? Porque Deadpool sabia de algo que ninguém mais sabia, e a chegada dessa nova consciência libertou uma vontade insana de dar um fim àquela manipulação. Isso era motivo mais do que suficiente para o início de uma aniquilação de super-humanos. E o primeiro a cair, claro, foi o doutor que estava ali por perto. É muito legal o novo conceito de “carimbo” que Deadpool criou com sua primeira vítima.

Mas seus alvos eram muitos. Será que seus poderes eram o bastante para aniquilá-los? Vamos ver: fator de cura e regeneração muito poderoso, habilidade ímpar com espadas japonesas, mira inigualável com armas de fogo, habilidades acrobáticas dignas de... (Vai comparar com o balé de Moscou? Péssima ideia.) Habilidades acrobáticas dignas, vocação linguística indiscutível, e uma legião de “pessoas capazes de ajudá-lo em sua tarefa”. Bem, era mais do que o necessário. Acredite.

Já deu para perceber que Deadpool é um showman, certo? E isso também se aplica à maneira como ele abate cada uma de suas presas. Alguns Vingadores aqui, outros mutantes ali. (Não dê nomes, ou eu te arrebento.) Cabeças rolam, explodem, braços são arrancados; tudo do jeito que o leitor gosta. Cada morte tinha de ser um espetáculo a parte, pois essa é a maneira Deadpool de fazer as coisas. Mas o rastro de sangue que ele deixou também teve suas consequências. Ele é astuto, mas será que sua astúcia é superior às habilidades de seu caçador?

Como era de se esperar, nenhum super-herói entendia sua lógica. Talvez nem mesmo você, meu caro leitor, irá entender. E sinto em lhe informar que isso te coloca em perigo, grande perigo. Mas devo admitir que os super-humanos não aceitariam a verdade de Deadpool muito facilmente. Tendo isso em mente, porque ele iria perder tempo tentando se explicar? Ele não tinha todo o tempo do mundo, e tinha um propósito que estava acima de tudo. (Ahh, se apenas as pessoas soubessem o que ele tem em mente...). Será que ele conseguiu?

A história Deadpool Mata o Universo Marvel foi lançada em 2012, e está dividida em quatro HQs. Vale lembrar que a saga é um spin-off, não fazendo parte do cânone da Marvel. Mas não se deixe enganar, ou Deadpool irá atrás de você. E você, meu amigo, não será capaz de fugir de sua espada, suas armas, e de suas palavras. (E a gente? / Deixa o cara escrever o que ele quer. / Calem-se. Eu sou a voz agora.).

“Os homens chamaram-me de louco, mas ainda não está resolvido o problema: se a loucura é ou não a suprema inteligência; se muito do que é glorioso, se tudo o que é profundo, não tem a sua origem numa doença do pensamento em modalidades do espírito exaltadas a custa das faculdades gerais.”

- Edgar Allan Poe

Sinopse
Essa nova mini do Deadpool começa com O Vigia falando das várias realidades, mundos e histórias que se desenrolam neles. Nessa realidade, Deadpool é levado pelos X-Men para um tratamento psiquiátrico revolucionário para que possa ser tratado, mas o ninguém sabia era que o Homem Psíquico veio do Micro Verso para formar um exército para dominar o mundo. Mas nesse tratamento, acaba criando algo que vai destruir os vários super-heróis dessa realidade.

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